Aplicações da energia nuclear na medicina

Por | dezembro 17, 2017
Radioterapia é o tratamento com fontes radiativas.

Devido a sua capacidade de emitirem radiações, atravessar matéria ou serem absorvidos por ela, os radioisótopos ou isótopos radioativos têm várias utilidades. 
A propriedade de penetração das radiações possibilita identificar a presença de um radioisótopo em determinado local, para que ocorra essa identificação é necessário o uso detectores de radiação. Dessa forma, o deslocamento
de um radioisótopo pode ser acompanhado e seu percurso ou “caminho” ser “traçado” num mapa do local. Por esse motivo, recebe o nome detraçador radioativo.

Traçadores Radioativos - Radioisótopos que, usados em “pequeníssimas”(para não causar ou minimizar os danos biológicos) quantidades, podem ser “acompanhados” por detectores de radiação.

Medicina Nuclear  
Medicina Nuclear é a área da medicina onde são utilizados os radioisótopos, tanto em diagnósticos como em terapias. Há sempre um radioisótopo especifica para cada área a ser examinada ou tratada. Um exemplo claro é o Iodo-131, que ao ser aplicado no paciente é absorvido pela glândula tireoide, onde se concentra.
Para diagnóstico de tireoide, o paciente ingere uma
solução de iodo-131, que vai ser absorvido pela
glândula.

O detector é associado a um mecanismo que
permite obter um “desenho” ou mapeamento em
preto e branco ou colorido, da tireoide, ao ser passando pela frente do pescoço.
Um diagnóstico, no caso um radiodiagnóstico,
é feito por comparação com um mapa padrão de
uma tireoide normal.

Tecnécio-99
  • Cintilografia renal, cerebral, fígado, pulmonar e óssea;
  • diagnóstico do infarto agudo do miocárdio e em estudos circulatórios;
  •  cintilografia de placenta.


Samário-153
É aplicado (injetado) em pacientes com metástase óssea, e também para tratamento paliativo para a dor.

Radioterapia
A origem da radioterapia foi através do casal Curie, utilizando o elemento rádio para destruir células cancerosas, e foi inicialmente chamada por "Curieterapia". 
O iodo-131, quando utilizado em uma quantidade maior,  também pode ser utilizado para eliminar lesões, identificadas nos radiodiagnósticos da tireoide.
Fontes radiativas de césio-137 e cobalto-60 são usadas para destruir células de tumores, uma vez que estas são mais sensíveis à radiação do que os tecidos normais.


Um dos aparelhos de radioterapia mais conhecidos é a Bomba de Cobalto, usado para tratar câncer. Trata-se de uma fonte de cobalto-60, encapsulada ou selada e blindada, para impedir a "fuga" de radiação. Por apresentar um maior rendimento terapêutico o cobalto-60 substituiu o césio-137.
No momento do tratamento a fonte é deslocada de sua posição considerada segura, dentro do cabeçote, e é aproximada do orifício que permite a passagem de um feixe de radiação, concentrado sobre a região a ser tratada.

Vale ressaltar que um objeto após ser irradiado, exposto a radiação, não fica radioativo. (Isso é frequentemente cobrado em provas.)

Fica, portanto, evidente que um objeto contaminado é a presença de material radioativo no mesmo, e um objeto irradiado foi apenas um objeto que foi exposto a radiação sem haver contaminação.

Fonte: CNEN- Comissão Nacional de Energia Nuclear

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